Nos últimos meses, a gestão municipal de Pureza, RN, tem tomado decisões que causam apreensão e críticas entre a população, especialmente na área da saúde e educação. Essas medidas, muitas implementadas "no apagar das luzes", lançam dúvidas sobre o compromisso da administração com as promessas feitas durante o período eleitoral.
Um dos cortes mais sentidos pela população foi a suspensão do transporte de saúde, popularmente conhecido como "corta carro". Esse serviço essencial facilitava o deslocamento de moradores das zonas rurais até o centro da cidade, onde recebiam atendimento médico e outros serviços. A retirada do transporte, que servia como um elo crucial entre as comunidades mais isoladas e os serviços de saúde, deixa muitas famílias desamparadas e com dificuldades para acessar cuidados essenciais.
Além disso, os plantões médicos foram cortados, deixando a saúde pública ainda mais fragilizada. A ausência de plantonistas, especialmente em um município que depende dos serviços de urgência e emergência, preocupa não só os usuários do sistema de saúde, mas também os profissionais da área, que se veem sobrecarregados com a falta de suporte.
No campo da educação, outra decisão polêmica foi o cancelamento do custeio das formaturas dos alunos da rede municipal. A formatura é um marco simbólico na vida dos estudantes, e a retirada desse apoio público compromete a celebração de um momento tão esperado por jovens e famílias que veem na educação uma porta de entrada para novas oportunidades.
Essas medidas contrastam com o discurso apaixonado da gestão durante o período eleitoral, quando o amor pela cidade e o compromisso com o desenvolvimento eram temas centrais. A pergunta que paira no ar é se essa mesma dedicação, que parecia tão sólida, está sendo colocada em prática ou se foi deixada de lado em um momento crítico.
É inegável que a gestão enfrenta desafios e precisa lidar com questões orçamentárias, mas a falta de transparência e o impacto direto dessas decisões na qualidade de vida da população exigem uma reflexão profunda sobre as prioridades da administração atual. Afinal, o que vale mais: a política do discurso ou a prática efetiva que transforma a vida da comunidade?
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