Ferramenta foi lançada na gestão, mas começou a ser preparado no governo de Michel Temer. Além disso, Banco Central não sofre interferência do Executivo em seus projetos.
Falso: É enganoso tuíte afirmando que o presidente Jair Bolsonaro (PL) criou o Pix. O pagamento instantâneo foi lançado na atual gestão, mas começou a ser preparado no período do governo de Michel Temer (MDB).
Além disso, o Banco Central, cuja equipe técnica desenvolveu o Pix, tem autonomia e não sofre interferência do Executivo para fazer seus projetos. As alegações sobre prejuízos dos bancos também são enganosas porque a perda de recursos em taxas devido à criação desse modelo de pagamento é equivalente a menos de 2% do lucro obtido pelas instituições financeiras em 2021.
Conclusão do Comprova: É enganosa postagem no Twitter alegando que Bolsonaro criou o Pix, sistema de pagamento instantâneo desenvolvido, na verdade, por equipe técnica do Banco Central (BC).
Embora tenha sido lançado em novembro de 2020, portanto, na atual gestão, o Pix começou a ser pensado no governo de Michel Temer (MDB), em 2018. Inclusive, quando foi abordado por apoiador sobre o modelo de pagamento pela primeira vez em 2020, Bolsonaro demonstrou desconhecimento, acreditando que o termo Pix se tratava de algo relacionado à aviação civil. Seis meses após a sua implantação, o presidente ainda não tinha usado o pagamento instantâneo.
Com bom desempenho no mercado, o Pix tem sido associado a Bolsonaro por aliados do governo, porém o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), em nota, aponta que o presidente, de certo modo, criou dificuldades para sua implementação. A entidade ressalta o trabalho técnico dos servidores e critica o uso político, seja de grupos da situação, seja da oposição.
Também é enganosa a alegação de que o Pix tira bilhões dos bancos decorrente da cobrança de tarifas. Mesmo com a criação do novo modelo de pagamento, as instituições financeiras seguem lucrando. Em 2021, o primeiro ano com operação completa do Pix, a perda de receita com taxas foi menor que 2%, sobre um lucro recorde de R$ 81,6 bilhões – o maior em 15 anos.