Em sua 10ª participação, Lula abriu a sessão de debate na Assembleia-Geral nas Nações Unidas. A cerimônia marca os 80 anos da ONU.
Na véspera, o governo Trump anunciou uma nova leva de sanções a autoridades do poder Executivo e do Judiciário brasileiro. Como o Estadão mostrou, Lula calibrou seu discurso para contestar as “agressões” americanas.
“Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia”, disse Lula.
“Essa ingerência em assuntos internos conta com auxílio da extrema direita e de antigas hegemonias”, criticou o petista.
O presidente também mencionou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que houve um processo “minucioso”, com amplo direito de defesa que não existe nas ditaduras.
“O Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam”, disse o petista.
Lula afirmou que a soberania do Brasil é inegociável e que seguiremos como povo independente e “livre de qualquer tipo de tutela”, ante a demanda de Trump para que o
processo contra Bolsonaro fosse abandonado.
A comitiva de Lula no plenário foi composta pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, pelos ministros Mauro Vieira (Itamaraty), Ricardo Lewandowski (Justiça) e pelos embaixadores Celso Amorim, assessor especial da Presidência, e Sérgio Danese, representante permanente do País na ONU.
Eles e servidores da Presidência puxaram palmas para Lula em vários momentos do discurso do presidente.
Fonte O Estadão